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domingo, 11 de abril de 2010

Olha o baixinho...



Romário pode estar definitivamente afastado dos gramados, mas continua sendo um dos principais personagens do futebol brasileiro na atualidade. O ex-atacante, um dos melhores do mundo em todos os tempos, é hoje o homem-forte do futebol do América, que voltou à Primeira Divisão do Campeonato Carioca este ano e, por um ponto, não chegou às semifinais da Taça Rio, segundo turno do Estadual. Ao mesmo tempo em que trabalha para reerguer o Alvirrubro - o clube de coração do pai, seu Edevair, está na final do Torneio João Ellis Filho - o Baixinho segue em dia com a irreverência que marcou uma carreira ao mesmo tempo vitoriosa e polêmica.


De bem com a vida, Romário passa a limpo histórias com mulheres e relacionamento com seus técnicos
Em entrevista ao jornal "O Globo", publicada neste domingo, Romário abriu o jogo sobre diversos assuntos. Como de hábito, sem meio-termo. Da sua relação com técnico e colegas de profissão às mulheres, o craque ainda ironizou as notícias de que teria perdido o que acumulou em mais de 20 anos de futebol - "Dizer que estou quebrado vende. Meu dinheiro está bem investido. (...) Tenho algumas coisas. O que posso dizer é que a minha vida é tranquila. (...) Oitenta por cento das coisas que saíram sobre Romário nos últimos anos são mentira", disse ele, que ano passado teve o seu apartamento no Golden Green, condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio, negociado por aproximadamente R$ 9 milhões num leilão.

Confira os principais momentos da entrevista.

MULHERES

"A outra história foi que eu tinha transado com uma aeromoça antes do jogo com o Uruguai, pelas eliminatórias, em Montevidéu. Aliás, foi o único jogo que fiz pela seleção com o Felipão. Isso foi em 2002, e hoje estamos em 2010. Poderia muito bem falar que tinha acontecido. Mas não aconteceu. Se fiquei fora da Copa por causa disso, perdi duas vezes. Não fui à Copa e não comi a aeromoça, que era a maior gostosa..." - sobre uma das razões de ter sido preterido por Luiz Felipe Scolari para o Mundial da Ásia.

"Uma vez acabou o jogo, e tive que ficar para o exame antidoping. Era contra o Corinthians, se não me engano, logo que comecei no Vasco. Demorei muito para fazer o xixi. Quando saí do vestiário, uma namorada minha na época estava me esperando. Aí, voltei para o vestiário do Vasco, para tomar banho. Só tinha a minha roupa e um segurança lá na porta. Transei com ela no vestiário do Maracanã. E já tinha tomado banho (risos)".

"Na Copa América da Bolívia (1997), dei uma fugida e saí com uma mulher logo depois do primeiro jogo. Em 94, não fugi, nunca saí da concentração sem permissão. Havia um estacionamento, que esposa, namorada e amigos iam às vezes. Foram umas duas ou três amigas minhas da época, mas não houve nada. Não transamos. Mas se tinha folga, saía mesmo". - sobre escapar da concentração para poder fazer sexo.

"Comecei a jogar futebol profissional em 1986, com 20 anos. Até os 28, mais ou menos, fiz uma porrada de coisas. Não acho que fossem coisas erradas, mas hoje não faço mais. Esse negócio de suruba, já participei, mas gostava mais de zoar, da sacanagem, do que de participar de corpo e alma (risos). Muitas vezes nem participava de verdade. Fica só botando pilha (risos). O assédio é muito grande. É muito fácil pegar mulher, e algumas gostam deste tipo de coisa. É bom ficar claro que isso rola no mundo todo, em todos os esportes. Acho que, como
o atleta geralmente faz muita coisa em grupo, acaba fazendo sexo também (risos)"- sobre fazer sexo em grupo.

BRIGAS

"Teve aquela briga com o Andrei (zagueiro do Fluminense) dentro de campo contra o São Paulo. Com o Edmundo nunca foi de mão, não. Com o Sávio eu empurrei, dei um tapa nele e ficou por isso mesmo. Com Jorge Luís, briguei no vestiário. Também foi assim com Júnior Baiano e com o Ronaldão... Só arrumei porrada ruim para mim: Jorge Luís, Júnior Baiano, Ronaldão (risos). Esses são os caras... Se você perguntar se me arrependo, a resposta é não. Mas hoje não faria. A cabeça é outra".

"Uma vez o Evaristo de Macedo me chamou para porrada dentro do vestiário do Maracanã. Não fui porque eu ia matar ele de porrada. Falei para se adiantar. Hoje, é meu amigo. Foi bom treinador, um dos poucos bons que tive".

TREINADORES

"Tive muitos problemas com alguns, mas não tive com outros. Por exemplo, com Cruyff não tive nenhum. Com o Joel (Santana) nunca tive problema. Também com o Oswaldo (Oliveira), Edinho, Júnior, Parreira... O Gílson Nunes, quando me cortou da seleção sub-20 antes do Mundial de 85, não foi firme comigo. Confiou num papo de um supervisor. O cara entrou numa sala do hotel em que estávamos concentrados em Copacabana. Eu, Müller e Denílson realmente estávamos realmente mexendo com as meninas que passavam lá embaixo. O tal supervisor deu o flagrante no Denílson e no Müller, pois eu estava no banheiro na hora. No fim, só eu fui cortado".

"Foram apenas seis meses de relacionamento (com Vanderlei Luxemburgo), e erramos por igual. Eu estava voltando ao Rio, tinha sido campeão do mundo. Tinha 28 anos e achava que podia tudo, e o Vanderlei, já naquela épca, se achando o melhor técnico do mundo. Ele queria me confrontar, aparecer mais do que algumas pessoas. No caso, eu. Tivemos um comportamento egoísta. Ele se prejudicou, eu me prejudiquei, e acabamos prejudicando o Flamengo".

"Claudio Garcia (foi o pior treinador). Esse é um merda. Desculpe a expressão, até tinha prometido a minha mulher que não ia falar palavrão, mas não aguento. Era uma merda. Não sabia de tática, não sabia de técnica, não sabia dar uma preleção. Ele se perdia, escalava os jogadores errados".

SELEÇÃO BRASILEIRA 2010

"Se o Ronaldinho Gaúcho continuar fazendo o que faz no Milan, e a tendência é que ele melhore na Copa, tem que ir. Ele já sabe o que é ganhar e perder uma Copa. Já passou por tudo. Portanto, se eu fosse o Dunga, convocaria. Não podemos esquecer que o Kaká está com pubalgia. Se o Dunga não puder contar com ele, tem o Ronaldinho. Se o Kaká não tiver problema, terá os dois. (Da nova geração) levaria o Neymar".

DUNGA

"Sou suspeito para falar do Dunga, porque quase todo mundo foi contra quando o colocaram no cargo. Me orgulho em dizer que eu sempre acreditei. Ele conhece como poucos a seleção. (...) Nós nos conhecemos em 1987, no Vasco, e começamos a nos respeitar. Lembro que uma vez o time estava levando muito gol e houve uma reunião em São Januário. Roberto (Dinamite) e Tita disseram, sem citar meu nome, que havia jogador mais novo que precisava correr mais. Dunga interrompeu e disse que, se o recado era para o Romário, podia deixar que ele correria pelos dois, porque só eu é que estava fazendo gol. (...) Nossa relação era, como se diz, papo reto. Mas discutimos várias vezes, um xingamento de um e do outro. Mas com respeito".

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